Quando Rá dizia "faço o que não deveria estar fazendo"...
A criança entendia o que dizia, lia as entrelinhas e as fronteiras do incognoscível.
Sabia que o Deus Sol falava do oculto e do escondido, ao menos das cousas que ele supremo desejante que era, desejava incessantemente manter no oculto e no escondido.
A criança amava quando seu Deus falava... Ouvia atentamente suas falas, pois as considerava sagradas - ouvia atentamente sua Fala Sagrada.
E em sua mente escrevia como em muitos rolos de papiro os mistérios daqueles suspiros - talvez por isto tenha sido seu Sumo Sacerdote.
Vez ou outra a criança escrevia estes mistérios em seu caderninho, em forma de poesia sinuosa, em forma de hieróglifos. Talvez por isto durante tanto tempo incompreendidos.
A criança era Sumo Sacerdote - tinha uma Tiara na cabeça !!!
Mas Rá dentre todos que a não compreendiam, era o que mais compreendia (aquele pequeno escaravelho desenhado sempre abaixo do magnânimo disco solar).
Um Deus que compreendia uma criança... Talvez tenha sido essa sua tragédia também.
1 comentários:
Descreve um Bromance.
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